As Borboletas

Mário Quintana

Com o tempo, você vai percebendo que
para ser feliz com uma outra pessoa,
você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele (a) cara que você ama (ou acha que ama)
e que não quer nada com você,
definitivamente, não é o homem (a mulher) da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e,
principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas…
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar,
não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você!”

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A VÍRGULA

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) completou cem anos em abril e aproveitou para lançar uma campanha muito útil a todos os brasileiros, não só aos jornalistas. Ela defende o uso correto da vírgula. Todas as pessoas alfabetizadas escrevem. Escrevem e-mails, bilhetes, cartões, teses, contratos, receitas, blogs e mais um sem-fim de palavras. Algumas escrevem para si mesmas, e, nesse caso, até dá para perdoar um certo relaxamento, mas a maioria escreve para ser lida por outro alguém, e quem faz isso ambiciona ser compreendido. Então. O uso correto da vírgula é crucial para alcançar esse objetivo. No entanto, o critério para “uso correto” continua sendo, para muitos,o da respiração. As pessoas escrevem como se estivessem conversando, e se imaginam que faria uma pausa dramática num determinado momento, pronto: decidem que ali cabe uma vírgula. Entendo. Eu, às vezes, faço a mesma coisa.Por exemplo, deu vontade de não colocar entre vírgulas o “às vezes” que acabei de escrever. Preferia ter escrito: “Eu às vezes faço a mesma coisa”, porque eu, normalmente, falaria essa frase de forma mais veloz, e não pausada. Mas a vida não é tão simples. Salvo algumas licenças poéticas, é preciso seguir à risca os mandamentos da vírgula. Não me pergunte quais são, não sei, sempre escrevi por instinto, mas a ABI sabe e resolveu entrar nessa campanha dando exemplos muito práticos, que transcrevo abaixo. OBSERVE: a) A vírgula pode ser uma pausa... ou não: Não, espere. Não espere. b) Ela pode sumir com o seu dinheiro: 23,4% 2,34% c) Pode ser autoritária: Aceito, obrigado. Aceito obrigado. d) Pode criar heróis: Isso só, ele resolve. Isso só ele resolve. e) E vilões: Esse, juiz, é corrupto. Esse juiz é corrupto. f) Ela pode ser a solução: Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido. g) A vírgula muda uma opinião: Não queremos saber. Não, queremos saber. A campanha termina dizendo que a vírgula muda tudo. Dou outro exemplo. Dia desses, um moço mandou um e-mail para um programa de rádio que começava assim: “Eu como colono, gostaria de...” Pois é. Pequeninha, mas salva até reputações. GOSTOU? MARTA MEDEIROS

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